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A espondilolistese geralmente se desenvolve na região lombar da coluna vertebral. A coluna lombar é exposta a pressões direcionais em flexão/torção enquanto estamos andando ou em atividade. Em outras palavras, enquanto sua coluna lombar está em movimento e carregando o peso corporal, ela também se move em direções diferentes (por exemplo, girar, dobrar para a frente). Por vezes, essa combinação faz com que a tensão excessiva da vértebra e / ou as suas estruturas de suporte levem uma vértebra a deslizar para a frente sobre a vértebra abaixo.
Existem vários tipos ou causas de espondilolistese.
Esses são os principais:
1) Espondilolistese congênita: significa que o transtorno está presente no nascimento
2) Espondilolistese ístmica: a mais comum, ocorre quando um defeito (fratura óssea)ocorre em uma estrutura de suporte vertebral na parte de trás da vértebra(pars). Pode ser aguda ou crônica.
3) Espondilolistese degenerativa: é a mais comum com o envelhecimento e é freqüentemente associada com doença degenerativa do disco, em que os discos perdem hidratação e os ligamentos da coluna desgastam.
4) Espondilolistese traumática: após algum traumatismo agudo.
5) Espondilolistese patológica: quando outra doença está causando o escorregamento.
6) Espondilolistese iatrogênica: causada após alguma cirurgia.
Fatores de risco
Se um membro da família (por exemplo, mãe, pai) tem espondilolistese, o risco de desenvolver a doença pode ser maior. Algumas atividades são consideradas fatores de risco. Ginastas e levantadores de peso tendem a colocar pressão e peso significativosna região lombar. Os ginastas também fazer muitos movimentos de torção rápida no ar ao pular. Esses movimentos aumentam a pressão substancialmente sobre a coluna vertebral, e a espondilolistese pode se desenvolver.
Graduação
FIGURA 1. PROGRESSÃO DA ESPONDILOLISTESE.
A graduação ou classificação mais utilizada na literatura médica é em relação à porcentagem de escorregamento da vértebra sobre a vértebra abaixo.
Grau I: Menos de 25% de escorregamento
Grau II: 25% à 49% de escorregamento.
Grau III: 50% à 74% de escorregamento.
Grau IV: 75% à 99% de escorregamento.
Grau V: A vértebra caiu para frente da vértebra abaixo dela. Este é o tipo mais grave de espondilolistese eé denominado espondiloptose.
Sintomas
Dores na região lombar são os sintomas mais comuns. Porém, muitos pacientes não apresentam sintoma algum e sem querer descobrem que apresentam espondilolistese ao fazer um raio-x.
Nos pacientes com sintomas, esses são os mais comuns:
- Dor lombar e sensação peso
- Dor na região glútea
- Dor na coxa/perna e/ou fraqueza
- Dificuldade em controlar as funções do intestino e da bexiga
- Músculos encurtados na região posterior da coxa
- Rigidez na região lombar
Diagnostico e tratamento
O ideal é passar em avaliação médica para o melhor diagnóstico e tratamento da sua condição. Em geral, radiografias simples já mostram a espondilolistese. Muitas vezes incidências oblíquas, são necessárias para verificar fraturas e falhas ósseas na região da pars interarticular (espondilolistese ístmica). Se você tiver outros sintomas associados, provavelmente seu médico irá complementar com exames mais detalhados além das radiografias (tomografia, ressonância).
Tudo dependerá dos sintomas apresentados pelos pacientes. Muitos pacientes não apresentam sintomas e, portanto, apenas o fortalecimento muscular da região, a prática de atividades físicas e a boa postura são suficientes.
Nos pacientes com dor lombar ou eventualmente dor irradiada para os membros, um tratamento de reabilitação mais intensivo será necessário. O tratamento cirúrgico é reservado para os casos de má resposta ao tratamento conservador ou naqueles casos com lesão neurológica.
FIGURA 2. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EVIDENCIANDO ESPONDILOLISTESE L4-L5 (GRAU II).